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PATOLOGIAS CALCANHAR/TORNOZELO
PATOLOGIAS CALCANHAR/TORNOZELO

APOFISITE CALCÂNEA

Na região do calcanhar, existe um osso chamado calcâneo. Na criança, este osso apresenta uma placa de crescimento ou apófise, que é responsável pelo crescimento do osso.

A apofisite calcânea é a inflamação desta placa de crescimento, sendo a causa mais comum das dores no calcanhar em crianças, pré-adolescentes e adolescentes. 

A inflamação da placa de crescimento, nessa região, ocorre por traumatismos, através de repetidas pancadas no calcanhar, ou pelo uso de calçados impróprios, por falta de amortecedores no calcanhar ou por falta de suporte para os arcos plantares.

O tratamento é feito com repouso e realização de atividades que não causem dor no calcanhar.  O uso de calçados com bons amortecedores e com suporte para os arcos é ainda mais importante, nesta fase.

Amortecedores extras e palmilhas, feitas sob medida para sustentação dos arcos, podem regredir a inflamação. Antibióticos e antiinflamatórios também podem ser indicados.

ARTRITE SUBTALAR

A artrite subtalar resulta frequentemente de uma lesão, como, por exemplo, a fratura do calcâneo. Manifesta-se como uma dor sentida dentro do calcanhar, ao se mover a articulação subtalar. As radiografias mostram uma irregularidade dos ossos entre o astrálogo e o calcâneo. Pode haver crepitação durante o movimento e sensibilidade ao se comprimir o seio do tarso em frente ao maléolo lateral. Sustentar o peso é doloroso e o repouso alivia.

O tratamento conservador é em geral insatisfatório e pode ser necessária e fusão cirúrgica se os sintomas persistirem.

BURSITE POSTERIOR DO CALCÂNEO

A bursite posterior do tendão de Aquiles (deformidade de Haglund) é uma inflamação do saco de líquido sinovial (bolsa) localizado entre a pele do calcanhar e o tendão de Aquiles (o tendão que une os músculos da barriga da perna ao osso do calcanhar).

Esta perturbação manifesta-se principalmente nas mulheres jovens, mas também pode desenvolver-se nos homens. Pode agravar-se caso se ande de uma forma que comprima repetidamente os tecidos moles por trás do calcanhar, contra o suporte rígido posterior do sapato.

No princípio, aparece uma mancha ligeiramente vermelha, endurecida e dolorosa na face posterior e superior do calcanhar. Quando a bolsa inflamada aumenta, aparece uma tumefação vermelha por baixo da pele do calcanhar que causa dor acima do mesmo. Se a afecção se torna crônica, o inchaço pode endurecer.

O tratamento tem por objetivo reduzir a inflamação e adaptar a posição do pé no sapato para aliviar a pressão sobre o calcanhar. Podem colocar-se almofadas no calçado, de espuma de borracha ou de feltro, para suprimir a pressão por meio da elevação do calcanhar. Pode ser útil esticar a parte posterior do sapato, ou acolchoá-lo à volta da bolsa inflamada. Por vezes desenham-se sapatos especiais para ajudar a controlar o movimento anormal do calcanhar. Se estas medidas não forem eficazes, os antiinflamatórios aliviam a dor e a inflamação de forma temporária. Quando estes tratamentos não são eficazes, deve-se extrair cirurgicamente uma parte do osso do calcanhar, mas esse tipo de intervenção é contra-indicada.

COXIM CALCÂNEO DOLOROSO

Localizado na parte central do calcanhar que faz um papel de “amortecedor” natural de impactos ao pisarmos. Com a idade, esse coxim tende a diminuir pelo desgaste e peso exercido sobre ele assim o nosso corpo passa então a ser sustentado pelo calcâneo não almofadado que resulta em dor na região calcânea.

Se não houver tratamento imediato, poderá ocorrer calcificação do calcâneo com surgimento de esporão. O tratamento consiste em aliviar a pressão, seja pela inserção de um calço de borracha esponjosa no sapato ou pela mudança de hábito de deambulação, fazendo a transferência de peso do corpo para a frente do pé, erguendo o calcanhar. Quando os sintomas são muito importantes, pode-se fazer infiltrações com anestésicos no local.

ENTORSES POR INVERSÃO E EVERSÃO

As ENTORSES POR INVERSÃO (quando o pé vai para fora) resultam em lesão dos ligamentos laterais do tornozelo, que é, de longe, a mais comum. Acometem os três principais ligamentos laterais: Talofibular anterior, calcâneofibular e talofibular posterior.

As ENTORSES POR EVERSÃO (quando o pé vai para dentro) são menos comuns. Acometem o ligamento deltóide e apesar do fato de as entorses em eversão ser menos comuns, a gravidade destas entorses pode fazer com que demorem mais para recuperar do que as entorses por inversão.

As entorses podem ser de vários graus:

Grau I: Há algum estiramento ou talvez ruptura das fibras ligamentares, com pouca ou nenhuma instabilidade articular. Dor leve, pequeno edema e rigidez articular podem ser detectados.

Grau II: Algumas fibras ligamentares são rompidas ou separadas e ocorre uma instabilidade moderada da articulação do tornozelo. Dor, edema e rigidez articular, de moderado a severo devem ser esperados.

Grau III: Ruptura total do ligamento e manifestam-se primariamente pela instabilidade articular. Dor severa presente no início, seguida por desaparecimento da mesma, em virtude da ruptura total das fibras nervosas. Presença de um grande edema, tornando a articulação muito rígida.

Durante a fase inicial do tratamento, os objetivos principais são: reduzir o edema, o sangramento e a dor pós-lesão, além de proteger o ligamento já em recuperação. O controle do edema é a medida de tratamento mais importante a ser adotada ao longo de todo o processo de recuperação. Inicialmente, o tratamento principal é a redução do edema. Feito assim reduz-se, consideravelmente, o tempo de recuperação.

O tratamento inicial inclui: gelo, compressão, elevação, repouso e proteção.

FASCEÍTE PLANTAR

A fáscia plantar é um tecido tendinoso muito resistente, que vai desde a tuberosidade medial do calcâneo até as falanges proximais, na parte de baixo do pé, e tem a função de dar suporte ao pé. 

A Fasceíte plantar é a inflamação desta fáscia. Essa é a causa mais comum das dores em calcanhares nos adultos.  Provavelmente acontece por uma fissura degenerativa na origem da fáscia, na região do calcanhar. É mais comum em mulheres e em pessoas com excesso de peso.

Existem algumas possíveis causas de fasciíte plantar, incluindo:

 • Uso de sapato de salto alto;

• Excesso de peso;

• Aumento do tempo de caminhar, de subir e descer escadas ou de ficar em pé.

A aparição dos sintomas é lenta e não está relacionada à quedas ou torções.
O principal sintoma de fasceíte plantar é a dor no calcanhar ao andar e ao ficar em pé. Essa dor normalmente ocorre ao se levantar e apoiar completamente o pé no chão, pois na posição de descanso, a fáscia está relaxada e ao colocar o pé no chão e dar os primeiros passos, a fáscia é alongada.

O tratamento consiste em aliviar a pressão da sustentação do peso sobre o calcanhar.

RUPTURA DO TENDÃO DE AQUILES

Primeiro, há um estalo. Então uma dor fina imediata na parte de trás do tornozelo ficando impossível de caminhar. Estas são as sensações típicas de uma ruptura no tendão de Aquiles. O tendão de Aquiles é uma corda fibrosa grande, forte que conecta os músculos na parte de trás de sua perna inferior para seu calcanhar.

Se estender demais o tendão de Aquiles, pode rasgar. Uma ruptura de tendão de Aquiles pode ser parcial ou completa. Normalmente a ruptura acontece anterior ao seu osso do calcanhar, mas pode acontecer em qualquer lugar ao longo do tendão.
Embora outros problemas que afetam o tendão de Aquiles como bursite e tendinite. Freqüentemente uma ruptura de tendão de Aquiles requer cirurgia. Dor e inchaço no calcanhar e uma inabilidade para dobrar o pé ou caminhar é sinal que pode ter ocorrido o rompimento do tendão de Aquiles.

METATARSALGIA

Resulta numa dor na parte frontal do , na área dos ossos metatarsos (ossos estes que articulam com as falanges). Embora pareça que a dor é em toda a parte frontal do pé, geralmente é apenas num osso metatarso. Essa condição geralmente está associada a um problema de alinhamento dos metatarsos. A dor sentida é muitas vezes associada à dor proveniente de uma pedra dentro do calçado e geralmente é mais comum na meia idade, pelo aumento do peso.

O tratamento consiste em exercício, redução do peso e uso de palmilhas especiais.

METATARSUS VARUS

O metatarsus varus é um quadro comum em recém-nascidos caracterizado pela posição dos artelhos voltados para dentro. Não é uma deformação grave, mas muitas vezes a criança pode andar de maneira desajeitada, “tropeçando” com frequencia em seus próprios pés, e deformar e desgastar os sapatos com maior rapidez.

O tratamento consiste em imobilização para correção das deformidades com aparelhos gessados, botas e exercícios.

METATARSUS PRIMUS VARUS

O metatarsus primus varus é uma condição semelhante à anterior, mas somente o primeiro metatársicoestá voltado para dentroe todos os outros estão alinhados.

Em geral não é necessário tratamento.

PÉ EQUINOVARO CONGÊNITO

Comumente chamado de “pé torto”, é a deformação congênita fixa mais comum do pé, sendo encontrado mais frequentemente em meninos. É considerado um defeito do desenvolvimento pré-natal e pode ocorrer em um ou nos dois pés.

O tratamento deve ser instítuido imediatamente após o nascimento com um molde gessado corretivo, exercícios para melhorar a tonicidade dos músculos e cirurgia nos casos mais graves.

PÉ CAVO

É a elevação excessiva do arco longitudinal (do dedo até o calcanhar) do pé.

O pé cavo ou arco elevado é o oposto do pé chato. Pés muito arqueados são menos comuns do que pés chatos e têm mais probabilidade de estar associados a problemas com nervos ou anormalidades ortopédicas. Doenças neuromusculares que causam alterações no tônus muscular podem ter relação com arcos elevados.

Pés muito arqueados, diferentemente de pés chatos, costumam causar dor, devido à tensão que se coloca na seção do pé entre o tornozelo e os dedos (metatarsos). Em geral, os pés cavos necessitam de suporte de arco, tornando difícil a escolha de sapatos. Além disso, pode causar incapacitação importante.

O tratamento requer calçados especiais, exercícios e cirurgias para correção nos casos mais graves. Os calos e calosidades devem ser tratados para melhorar a funcionalidade do pé.

PÉ ESPALMADO

O pé espalmado é um antepé alargado devido à debilidade dos ligamentos intermetatársicos, associada à dos músculos intrínsecos. Formam-se calosidades nas faces plantares das cabeças metatársicas.

Aparece dor e sensibilidade no dorso das articulações metatarso-falangianas. Devem ser usados sapatos especiais.

PÉ PRONADO

O termo "pé chato", no meio médico, também é conhecido como pé plano; entretanto a denominação mais correta é pé planovalgo flexível. É uma situação caracterizada pela diminuição do arco longitudinal medial do pé (elevação plantar do pé), ou seja, o lado medial (interno) do pé toca ou está próximo deste. Esta condição acomete a maioria das crianças até os 3 ou 4 anos de idade, quando começa a ocorrer a absorção desta gordura e o desenvolvimento do arco do pé. É tão comum na infância que pode ser considerado “normal”.

O pé chato, na maioria das vezes, não gera dor alguma, e, portanto a criança não apresenta queixas. Quando ocorre dor, via de regra, esta é difusa, sem uma localização específica. A melhor prova de que o pé chato é quase sempre assintomático é o grande número de adultos com pé chato desde a infância e que muitas vezes nem se dão conta.

A maioria dos casos de pé chato não exige tratamento. Para uma criança de 3 ou 4 anos, devemos estimulá-la a caminhar descalça na areia ou na grama para desenvolver a musculatura do pé e a conseqüente formação do arco. O uso de sapatos ortopédicos corretivos não se mostrou efetivo na correção das deformidades e hoje está praticamente abandonado. Nos pés planos graves, dolorosos ou naqueles de início tardio, a investigação deve ser cuidadosa e o tratamento cirúrgico deve ser considerado.

O adulto com pé normal ou levemente chato pode desenvolver ou agravar o pé chato. Isto geralmente ocorre entre os 40 e 50 anos de idade, principalmente em mulheres acima do peso, que notam a mudança progressiva da forma do pé. A hipertensão e o diabetes aumentam a chance deste tipo de pé chato. Esta situação exige tratamento, pois é progressiva e dolorosa.

SINOSTEOSE TARSAL

É um pé plano rígido, frequentemente causado por uma fusão anômala de dois ou mais ossos társicos, impedindo a movimentação, causando deformidade estática nos pés. A fusão pode ser óssea, cartilaginosaou fibrosa. A anomalia pode ser assintomática ou apresentar dor resultante da tensão suportada pelas articulações restantes, devida à sinostose que não cede.

O tratamento é sintomático e recomenda apenas repouso. A cirurgia é realizada em casos especiais.

HÁLUX VALGUS

Hallux valgus ou hálux valgo, popularmente conhecido como joanete, é um desvio lateral acentuado do primeiro pododáctilo, o hálux ou dedão do pé.

O desvio lateral pode ocorrer na articulação entre o primeiro metatarso e a falange, formando o joanete clássico, com a proeminência óssea na base do hálux, ou entre as duas falanges, formando o hálux valgo interfalangeano, ou interfalângico.

Existem duas classes de causas para esta deformidade: as intrínsecas (ligadas à pessoa) e extrínsecas (ligados ao meio). Dentre as causas intrínsecas, destacam-se os fatores genéticos (história familiar), doenças sistêmicas pré-existentes (artrite reumatóide ou outras donças reumáticas), anatomia óssea do pé, frouxidão ligamentar etc. Dentre as causas extrínsecas, principalmente o uso de calçados inadequados, com destaque para o sapato de salto alto e ponta fina.

O tratamento deve ser individualizado e depende da idade, do grau da deformidade e da gravidade dos sintomas apresentados.

Pode-se indicar calçados, protetores, exercícios, tala estabilizadora para o uso noturno e em último caso cirurgia.

HÁLUX RIGIDUS

Caracteriza-se por dor progressiva e perda da mobilidade da articulação do I dedo ("dedão") com o I metatarso, com artrose (desgaste) da articulação.

A queixa comum é de dor quando se dobra para traz (dorso-flexão) o "dedão", iniciando-se com dor ao uso de calçados de saltos altos evoluindo até à perda completa deste movimento, doendo então com qualquer tipo de calçado. Associa-se freqüentemente à formação de calosidade no dorso da articulação ("bicos de papagaio" ou osteófitos dorsais).

Há vários fatores que predispõem esta deformidade, como seqüela de trauma (especialmente em jogadores de futebol de areia, que dão muito "bico"), dança, seqüela de doenças reumatóides, gota. Algumas pessoas desenvolvem esta patologia sem qualquer destes fatores predisponentes, sendo o predisponente maior o próprio formato da articulação, sendo que nestes casos quem vai poder informar isto será um bom ortopedista.

O tratamento inicial é evitar os saltos altos, havendo ainda dispositivos que se adaptam nos solados dos calçados, bem como palmilhas que também podem dar alívio às dores. Numa fase avançada, já com destruição da cartilagem da articulação, o tratamento cirúrgico é bem indicado.

ARTELHOS EM MARTELO

Trata-se de uma deformação da articulação interfalangiana, que se encontra em flexão fixa. Todo artelho pode ser afetado, mas a prevalência é no segundo e o hálux não sofre esse tipo de deformidade.

As causas do artelho em martelo podem ser congênitas, e nesse caso, afetam mais de um artelho, estando geralmente associados a outras deformidades congênitas dos pés. As cirurgias para a correção do hálux valgus ou rigidus podem também provocar o surgimento do artelho em martelo.

O tratamento pode ser conservador, mediante o uso de calçados adequados, que evitem compressões sobre as articulações salientes, com proteção das saliências por coxins, ou mesmo de sapatos abertos, ou dêem espaço ao artelho acometido. No casos mais sérios a cirurgia pode ser indicada.

ESPORÃO DE CALCÂNEO

O esporão do calcâneo se caracteriza por um crescimento ósseo no calcâneo, onde espículas ósseas se formam na face plantar ou posterior do osso calcâneo. Este nome é uma referência à espora do galo devido a semelhança com a lesão. 

Habitualmente, os esporões costumam ser diagnosticados durante um exame físico. A pressão sobre o centro do calcanhar causa dor se o esporão estiver presente. Podem-se fazer radiografias para confirmar o diagnóstico, mas estas podem não detectar os esporões em formação.

O tratamento tem como objetivo aliviar a dor. Uma mistura de corticosteróides com um anestésico local pode ser injetada dentro da zona dorida do calcanhar. Envolver o arco com almofadas e usar elementos ortopédicos (palmilhas para o calçado) que ajudem a estabilizar o calcanhar, podem minimizar o estiramento da fascia e reduzir a dor. A maior parte dos esporões dolorosos resolvem-se sem intervenções cirúrgicas. Só se deve realizar uma intervenção cirúrgica para extrair o esporão quando a dor constante dificultar a marcha. Contudo, os resultados não são previsíveis e, por vezes, a dor persiste depois da operação.

 

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