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CALOS E CALOSIDADES
CALOS E CALOSIDADES

Conceitos

As calosidades e os calos são lesões provocadas por uma hiper pressão que leva ao espessamento da camada mais superficial da pele, podendo ser localizados ou generalizados. Os calos variam de tamanho, localização, consistência e forma. As calosidades diferem dos calos por serem mais extensas, não possuírem núcleo e provocarem frequentemente fissuras na pele.

Etiologia

Calos e calosidades são resultados de microtraumatismos repetidos, aumento de pressão e atrito constantes sobre a pele, frequentemente devido a uso de calçados inadequados, deformidades ortopédicas, vícios posturais, alterações da marcha, irregularidades ósseas – congênitas ou adquiridas – atrofia dos coxins gordurosos – secundária a problemas como diabetes artrite reumatóide, etc.

Tipos de calos

Calo duro

Localiza-se em áreas de maior atrito, como planta dos pés, principalmente o calcanhar e a região metatársica. Geralmente de cor amarelada, consistência dura e tamanho variável. Possui um núcleo formado por uma massa de queratina compactada, translúcida, sob o qual se forma um higroma, que às vezes infecciona e provoca um abcesso muito doloroso. A causa vai desde o uso de calçados inadequados, cistos e corpos estranhos na derme, deformidades ortopédicas, entre outros. O tratamento consiste em afastar as causas e realizar o desbastamento com podólogo.

Calo mole

Este calo tem consistência molhe e cor esbranquiçada. É também conhecido como calo interdigital, por aparecer nos espaços entre os dedos, pode ocorrer até em todos os espaços, porém, é mais comum no quarto artelho. Sua dor acentua-se ao uso de sapatos de bico fino.

Calo miliar

Localiza-se na planta como o calo duro, mas algumas de suas características são diferentes. Forma-se uma abóboda plantar, área menos submetida a atrito e pressão. Não se conhece a causa, mas seu aparecimento muitas vezes está associado a problemas de anidrose (diminuição ou inexistência de transpiração). Em geral formam-se diversos. A queratina de que é formado é compactada e translúcida, mas não há espessamento da camada córnea. Por isso, o calo miliar dá a falsa impressão de ser apenas o núcleo de um calo duro.

Calo dorsal dos artelhos

É produzido pela pele que fica sobre as articulações dos dedos, para protegê-la contra o atrito com os ossos causado pela pressão de calçados de fôrma e tamanho inadequados. Caracteriza-se por um pequeno coxim de tecido fibroso e adiposo, que se desenvolve sobre as articulações interfalageanas. Às vezes pode formar-se um espaçamento sobre o calo dorsal, no dedo mínimo é comum ocorrer um grande espaçamento, formando um calo duro sobre o calo dorsal e que pode também apresentar núcleo e higroma.

Calo de Millet

Localiza-se no dorso do pé, sua espessura é bem fina e geralmente não provoca grandes problemas. A prevenção consiste no uso de calçados adequados.

Calo subungueal e periungueal

Forma-se sob a unha quando esta pressiona constantemente o leito abaixo dela, o calo nasce para proteger a pele desse atrito intenso. Localizado na prega peringueal, pode apresentar núcleo e higroma. Surge com maior freqüência no hálux.

Calo vascular

Calo de rara incidência. Possui pequenos vasos sanguíneos entremeados na massa de queratina (um ou dois vasos), quando lesados produzem sangramentos. Apresenta núcleos e muitas vezes higroma. Sua causa é desconhecida assim como a origem dos vasos. É possível que surja sobre uma cicatriz na planta em área de atrito. É preciso estar atento para não confundir com a verruga plantar.

Calo neurovascular

Extremamente doloroso a ponto de modificar a maneira do portador deambular, procurando novos apoio para os pés e provocando novos calos.

Tratamento

Os calos podem ter ou não núcleo, que evoluem em quatro fases, de acordo com a pressão exercida sobre eles.

O calo sem núcleo se origina na primeira fase. Apresenta uma hipersensibilidade local, devido à inflamação (mecanismo de reparo da lesão tecidual), acompanhada por um discreto espessamento da pele.

O calo com núcleo tem origem na segunda fase, onde se torna doloroso devido à pressão consecutiva no local. Em seu centro há a formação de uma área circular, queratinizada, amarelada e cônica (de fora para dentro), que chamamos de núcleo.  Ele entra em contato com uma região (corpo papilar) rica em terminações nervosas, por esse motivo doem tanto. Pode ter sob essa região uma bolsa serosa, o higroma, resultante da instalação do processo inflamatório.

A terceira fase apresenta um quadro infeccioso. Devido à pressão constante na região do calo, por ser uma região isquêmica, podem surgir pequenas fissuras por onde penetram agentes infecciosos, que atingem o higroma tornando-o um abscesso (acúmulo de pus no interior do tecido em conseqüência da infecção).

Como conseqüência desse processo, o osso já pode estar comprometido por uma inflamação (osteíte).

A quarta fase pode ser chamada de terminal, a pressão continua, o abscesso se rompe e o osso é envolvido pelo processo infeccioso, originando a osteomielite.

Podemos concluir que mesmo quando desbastados (retirada das camadas de queratina com técnica adequada), os calos e calosidades podem voltar, caso o atrito (pressão) continue.  O atrito ocorre devido ao uso de sapatos e meias inadequadas, problemas ortopédicos, postura, etc.

O principal tratamento é a profilaxia.

Sob nenhum pretexto os calos e calosidades devem ser cauterizados ou eletrocoagulados, pois podem resultar em lesões e complicações gravíssimas.

 

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