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CALÇADOS E OS PÉS
CALÇADOS E OS PÉS

Os calçados tornaram-se nossos companheiros, praticamente desde os primeiros passos da humanidade. A história do desenvolvimento humano constata a importância da proteção dos pés pelos sapatos e, foi cedo reconhecida. Através de inscrições egípcias, chinesas e de civilizações emergentes da época, percebemos que eles, os “calçados” estavam sempre presentes.

Na Mesopotâmia o calçado passou a partir dos séculos X e XV, significar muito mais hierarquia social do que no sentido prático: os bicos dos calçados eram proporcionais à classe social do indivíduo. Quanto mais pontudo o sapato, mais valor na escala social se adquiria.

 Já no século XVI, observamos mudanças significativas quanto à concepção do calçado. O estilo e a forma realmente ganham importância e somam-se às variações dos modelos de calçados femininos e masculinos. Neste período, o calçado possuía ainda a função de revelar a classe social, que era, entretanto, determinada pela altura do salto e não mais pelo comprimento do bico.

Relata-se que algumas damas da Corte andavam com chinelos providos de saltos tão altos que necessitavam do auxílio de dois criados para poder andar. Hoje se faz com que os calçados sejam livres nos estilos. São plataformas, saltos finos, bicos finos, quadrados, diversos materiais nas mais diversas cores. Assim, cada um de seus usuários podem optar pelo modelo que melhor traduza sua forma de viver.

Por que deveria o Podólogo se interessar por esse assunto?

Bem, os calçados podem ser os nossos aliados num tratamento podológico ou podem acabar com toda a nossa perícia e boa intenção em dar à pessoa o que existe de melhor em cuidados com os pés. Relegado normalmente ao último plano nos cuidados corporais, o pé pode revelar-se uma fonte permanente de dores e saliências esteticamente desagradáveis.

Calçados apertados, com salto alto e pouca ou nenhuma ventilação, meias de fios sintéticos e defeitos de postura estão entre os vilões dos pés.

O calçado deve ajustar-se corretamente no comprimento e na largura, acomodando os dedos em posição natural, permitindo os movimentos do pé. Deve existir um pequeno espaço na frente, escolha o tamanho de modo que entre a ponta do calçado e as pontas dos dedos haja pelo menos 1 a 1,5 centímetros (uma polpa digital), para acompanhar o deslocamento do pé ao caminhar. É muito importante que os calçados tenham a forma dos pés e não que os pés se deformem para caberem nos calçados. Está demonstrado, sem sombra de dúvidas, que calçados apertados e pequenos causam deformidades nos pés. A forma deve ter um bom encaixe do calcanhar para segurar o pé dentro do calçado, evitando fricções. Os ligamentos são bastante frouxos e elásticos, fazendo com que os pés tenham uma mobilidade e flexibilidade muito grande.

A criança que já caminha, precisa de uma  sola um pouco mais grossa, firme e um tanto flexível, para que ela possa sentir as irregularidades do chão. A sensação destes estímulos é importante para desencadear os reflexos nervosos que vão ativar a musculatura, melhorar o equilíbrio, a postura e o desempenho funcional dos pés.

Saltos e saltinhos prejudicam o desenvolvimento dos pés e da coluna vertebral. Evite os bicos finos, principais causadores de joanete e unha encravada.

Usando um calçado normal, com salto 2-3 cm, a distribuição do peso na parte dianteira e posterior do pé é equilibrada. Isto é, se a pessoa pesa 80 kg, 40 kg vão ser suportados pela região do calcanhar e 40kg pelos ossos do metatarso (mais ou menos a região do pé anterior aos dedos). O peso do corpo fica distribuído de maneira mais uniforme pela ondulada extensão do pé. Com o salto alto, a pressão vai toda para o hálux, nome científico para o popular dedão.

À medida que a altura do salto aumenta, mais peso vai sendo jogado para a parte anterior. O resultado pode vir em graus diversos. Cansaço e dor são os  mais costumeiros e fáceis de enfrentar. Mas há até quem acabe sofrendo de deformidades ósseas, como joanete, ou de problemas na musculatura da coxa e na curvatura lombar. Sem falar nos riscos de queda, lesões dos ligamentos e luxações no tornozelo, provocados pelo equilíbrio precário do andar nas alturas. Mesmo os saltos femininos menores, podem causar transtornos.

Patologias causadas por calçados 

Deformidade nos dedos

São várias as deformidades que podem se instalar nos dedos dos pés e causar grande desconforto. Embora essas deformidades predominem nos pés das pessoas maduras, é cada vez mais comum encontrarmos jovens com queixas importantes.

Os dedos dos pés são controlados por tendões extensores e flexores que precisam trabalhar em equilíbrio harmonioso para permitir o perfeito funcionamento dessas estruturas.

A principal  causa de desequilíbrio dos tendões dos dedos dos pés é o uso de calçados pequenos e apertados... parece inacreditável, mas é   verdade! Não temos, em nosso país, o hábito de medir nossos pés e compramos calçados a partir do número do calçado que estamos usando. Se os calçados estiverem apertados, pedimos um maior. 

Se não, vamos em frente com aquele mesmo! Exatamente! Esse hábito faz com que um grande número de pessoas (e aqui novamente as mulheres predominam sobre os homens) escolha sapatos nos quais os dedos estejam 'encavalados' e dobrados de modo impensável. No início, é só um desconforto... Com o tempo, os tecidos se acomodam e passam a manter os dedos na posição deformada. Logo surgem os calos no dorso dos dedos e também na planta dos pés (embaixo das cabeças dos ossos metatársicos).

As patologias mais frequentes são:

  • Calos
  • Joanete
  • Metatarsalgia
  • Neuroma de Morton

 

Um grande número de problemas nas unhas resulta do trauma e da compressão que se aplica sobre elas. Calçados muito curtos ou apertados, com uso exagerado em pés e dedos deformados causam, sem qualquer dúvida, lesões nas unhas. São algumas delas:

  • Unha encravada
  • Onicólise
  • Onicofose

Que características procurar no calçado para o dia-a-dia?

Formato

O formato tradicional de muitos sapatos de vestir é completamente desadequado para o pé humano, alguns modelos são muito estreitos e pontiagudos.

Procure um modelo de sapatos que sejam largos e com a biqueira redonda para acomodar corretamente os seus pés, verá que estes agradecem.

Atacadores

Evite calçado tipo mocassim (sem atacadores) para o dia-a-dia, como o sapato não possui forma de ajustar ao pé, a solução para que não escorregue é utilizar um tamanho menor, acabando desta forma por comprimir os dedos no processo.
Não é à toa que as mulheres sofrem mais dos pés que os homens, se juntarmos o formato dos sapatos e o tamanho dos saltos com o fato dos sapatos de mulher raramente possuírem atacadores, temos a combinação fatal.

Sola intermédia em espuma

Uma das características do calçado desportivo que mais contribui para o conforto é a sola intermédia em espuma, que oferece uma plataforma fofa entre o chão e o corpo, amortecendo desta forma os impactos, muitos dos sapatos de conforto também possuem espuma nas solas intermédias, só que na maioria são espumas um pouco mais firmes (para maior durabilidade) tal como, por exemplo: Poliuretano.

Palmilha removível

A única forma de podermos acomodar corretamente um par de palmilhas/ortóteses num par de sapatos é substituir as palmilhas originais pelas novas, desta forma não comprimimos o pé por falta de volume, além do mais mesmo que não utilizemos palmilhas especiais sempre podemos substituir as originais por outras de maior performance.

Flexibilidade adequada

Muitas marcas da categoria conforto publicitam o fato de os seus sapatos serem super flexíveis, e, portanto confortáveis, não devemos nos enganar, sapatos super flexíveis podem ser prejudicais, na medida que esta flexibilidade poderá provocar instabilidade, o ideal é procurar um equilíbrio entre apoio e flexibilidade.


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